Artigos Postado no dia: 13 novembro, 2024

O impacto do custo dos planos de saúde devido ao aumento de tratamento de doenças crônicas, condições crônicas e as oncológicas

Os desafios que a saúde suplementar vem enfrentando na última década são inúmeros e relevantes; mas não pretendo aqui falar sobre todos eles, pois certamente este artigo viraria um livro com muitas laudas. Pretendo destacar e trazer a reflexão sobre um deles, principalmente, porque se refere a tema em desenvolvimento gradual, anual e contínuo.

O tema que trago à baila tem proporcionado um crescimento exponencial das despesas junto à Saúde Suplementar e, apesar de inúmeras ações que visam a atenuar tal problemática, o custo dos planos de saúde tem aumentado enormemente devido ao aumento dos tratamentos relativos às doenças crônicas, ao tratamento de condições crônicas e dos tratamentos oncológicos.

Quando falamos de doença crônica, estamos referindo uma condição de saúde que persiste por um longo período e, muitas vezes pode não ter cura, mas pode ser controlada com tratamento que exige cuidado contínuo.

Muitos tratamentos para doenças crônicas e oncológicas envolvem o uso de medicamentos de preços elevados, especialmente aqueles de última geração. Dependendo do medicamento, o custo pode chegar a alguns milhares de reais por mês.

Outro ponto significativo destes tratamentos prolongados é que estes necessitam de contínuas consultas médicas, terapias, hospitalizações e exames; além de envolverem procedimentos de alta complexidade e caros.

Este cenário específico, somado a tantos outros temas desafiadores (alta taxa de judicialização, insegurança jurídica, escassez de profissionais de saúde e etc.) resulta em um aumento substancial nos custos dos planos de saúde, o que preocupa o sistema de saúde como um todo.

Pergunto, como equacionar e viabilizar tais atendimentos e coberturas minimizando a elevação do custo? Como manter as mensalidades dos planos viáveis à população?

Esses desafios exigem soluções equilibradas e justas para garantir a sustentabilidade do setor e a proteção dos consumidores.

Enfim, são questões que seguem necessitando de atenção imediata de todos os agentes da saúde, pois um País Continental como o Brasil, não pode correr o risco de ver a Saúde Suplementar ruir e colapsar o sistema de saúde como um todo, pois sabemos que o SUS não teria a menor condição de atender às 50 milhões de pessoas que hoje são abarcadas pelo Planos de Saúde.

 

Marcelo Corrêa da Silva


Artigos Relacionados