Artigos Postado no dia: 18 setembro, 2024

A Inteligência Artificial e sua regulação

Dentre as tantas situações em que a sociedade se vê embretada e com grande dificuldade de regulação, provavelmente uma das maiores, senão a maior, é a evolução tecnológica.

Pois bem, na linha da referida evolução, a Inteligência Artificial surge como fator impactante e se desenvolve numa velocidade assombrosa.

Como muito bem definido por Vinicius Caridá, especialista em Inteligência Artificial, os seres humanos, desde o início da sua existência, constroem ferramentas que podem potencializar suas capacidades (ex.: bicicleta potencializa nossa capacidade de locomoção; os óculos e o binóculo potencializam nossa capacidade de visão e assim por diante…). E, nessa linha de raciocínio, a IA funciona como mola propulsora a fim de potencializar nossa capacidade produtiva e mental.

Pois bem, concretizada a realidade e aplicação da Inteligência Artificial, para que ela seja regulada é necessário um profundo conhecimento dos seus significados e todas as suas ramificações para que, a partir de então, se possa construir mecanismos de regulação. E, já de início, se tem um grande entrave: a velocidade de construção e a implementação da regulação não vêm acompanhando a velocidade da evolução tecnológica da Inteligência Artificial. Como regular algo que se movimenta tão rápido? E que se desenvolve de maneira tão célere?

Perguntas de difícil resolução, mas, se não forem equacionadas, tal regulação estará fadada ao insucesso e trará aplicação quase que obsoleta, além gerar obstáculos/entraves ao próprio fomento de desenvolvimento da tecnologia.

Não se pode subestimar o crescimento tecnológico do referido tema. Vejamos, por exemplo, a impactação da Inteligência Artificial generativa que cria conteúdo original em resposta às solicitações do usuário; tipo de IA que cria novos conteúdos e ideias, incluindo conversas, histórias, imagens, vídeos e músicas. Enfim, crescimento tecnológico que geram inúmeras situações que fatalmente necessitam de regulação.

Esta reflexão não pretende gerar pessimismo quanto ao sucesso da regulação da matéria mas, sem dúvida, para que esta seja eficaz, há que se buscar, além da absorção do conhecimento existente da matéria junto aos especialistas da área, a construção de regulação flexibilizada, vislumbrando o futuro, combinação complexa e de difícil implementação.

 

Marcelo Corrêa da Silva


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